Marina Oliveira é formada em jornalismo e pós-graduada em marketing.

Como você começa o seu dia? Você tem uma rotina matinal?
Eu sou daquelas que a primeira ação do dia é olhar o celular. Fazer o quê, né? Preciso desligar o despertador e aproveito para checar as notificações. Se levanto cedo, já faço yoga também. No mais, não tenho uma rotina fechada. Depende do dia, mas gosto de tomar uma bom café da manhã sempre.
Em que hora do dia você sente que trabalha melhor? Você tem algum ritual de preparação para a escrita?
De manhã cedo, meio da tarde para o fim e à noite. Não tenho nenhum ritual de preparação, apenas sento, abro o computador e escrevo.
Você escreve um pouco todos os dias ou em períodos concentrados? Você tem uma meta de escrita diária?
Agora que estou produzindo conteúdo para o Instagram, tenho escrito um pouco todos os dias sim. Não tenho uma meta diária, mas com relação a escrita de contos e livros, gosto de anotar a progressão do número de palavras num caderno.
Como é o seu processo de escrita? Uma vez que você compilou notas suficientes, é difícil começar? Como você se move da pesquisa para a escrita?
Depende. Eu trabalho com conteúdo e histórias próprias, né? Quando é conteúdo, há sim uma pesquisa prévia para iniciar o trabalho e geralmente tenho uma estrutura pré-moldada. Para as minhas histórias, tudo acontece mais dentro da minha cabeça. É difícil começar, mas também não é tão sofrido assim.
Como você lida com as travas da escrita, como a procrastinação, o medo de não corresponder às expectativas e a ansiedade de trabalhar em projetos longos?
Se não estou com prazos, simplesmente largo um pouco de mão até que a vontade de escrever volte. Muitas vezes travo porque minha escrita é linear, então não consigo avançar se algo está empacando naquele momento. Esse afastamento faz com que, na volta, eu enxergue o que preciso mudar para continuar.
Agora, se tem prazo, o esquema é anotar possíveis ideias e dormir. Geralmente acordo com soluções! Se não dá certo, tenho amigos com quem converso e compartilho. Falar minhas ideias em voz alta é uma baita chave para a minha escrita.
Quanto ao medo de não corresponder às expectativas, acho que já expus tanto o meu trabalho na internet (comecei escrevendo fanfics de anime aos 11 anos) que esse medo já não tenho tanto.
Quantas vezes você revisa seus textos antes de sentir que eles estão prontos? Você mostra seus trabalhos para outras pessoas antes de publicá-los?
O autor nunca é um bom revisor, né? Então, sim, sempre busco pessoas para ler o que estou escrevendo. Os feedbacks também são muito valiosos.
Como é sua relação com a tecnologia? Você escreve seus primeiros rascunhos à mão ou no computador?
Só escrevia histórias no caderno quando estava na escola e não queria prestar atenção não aula. Fora isso, apenas computador!
De onde vêm suas ideias? Há um conjunto de hábitos que você cultiva para se manter criativa?
As ideias são associações de várias experiências, observações e questionamentos. Ou seja, elas podem vir de todos os cantos. Eu gosto desses cantos, sou uma pessoa extremamente curiosa. Então acho que o hábito que cultivo é justamente de manter essa curiosidade viva.
O que você acha que mudou no seu processo de escrita ao longo dos anos? O que você diria a si mesma se pudesse voltar à escrita de seus primeiros textos?
Acho que a certeza de que a escrita não precisa ser um processo solitário. Como disse anteriormente, é importante para mim discutir ideias e possibilidades com outras pessoas.
No mais, acho que não diria nada para minha versão inicial. Tenho orgulho do caminho que percorri.
Que projeto você gostaria de fazer, mas ainda não começou? Que livro você gostaria de ler e ele ainda não existe?
Eu tenho muita vontade desenvolver uma webtoon. Gostaria de encontrar alguém que soubesse desenhar para tornar esse sonho em realidade! Sobre o livro que gostaria de ler e ainda não existe… bom, estou escrevendo um neste exato momento. É uma história comum e divertida, mas com um toque de absurdo. Espero que as pessoas se apaixonem pelo projeto tanto quanto eu.