Fabrício Fonseca é escritor, estudante de Psicologia.
Como você começa o seu dia? Você tem uma rotina matinal?
Geralmente eu tomo café e me preparo para ir para o trabalho, é a única coisa da minha rotina (rsrs).
Em que hora do dia você sente que trabalha melhor? Você tem algum ritual de preparação para a escrita?
Geralmente eu trabalho melhor de noite, depois que todos de casa já foram se deitar. Meu ritual é colocar pra tocar músicas que me passem a mesma vibe da história que estou escrevendo e então estou pronto para o trabalho.
Você escreve um pouco todos os dias ou em períodos concentrados? Você tem uma meta de escrita diária?
Antes eu escrevia todos os dias, mas a vida tem ficado um pouco corrida então eu tenho escrito mais nos finais de semana. Mas tenho a meta de escrever um capítulo inteiro sempre que para escrever.
Como é o seu processo de escrita? Uma vez que você compilou notas suficientes, é difícil começar? Como você se move da pesquisa para a escrita?
Eu sempre escrevo o prólogo pra saber se vou sentir uma vibe que me agrada com aquela história, se eu gostar construo um roteiro detalhado com o que vai acontecer em cada capítulo, durante a construção desse roteiro eu vou fazendo pesquisas, conversando com outras pessoas e vendo se aquilo que eu pretendo se encaixa ou não na história; quando o roteiro fica pronto eu “coloco a mão na massa” e sigo com o livro!
Como você lida com as travas da escrita, como a procrastinação, o medo de não corresponder às expectativas e a ansiedade de trabalhar em projetos longos?
Eu geralmente vou atrás de coisas que geralmente me dão inspiração para a escrita, como ouvir música ou assistir a filmes. Acho que eu tenho uma preocupação maior em corresponder minhas próprias expectativas, eu penso muito que estou escrevendo para mim, criando aquilo que gostaria de ler, então é mais fácil seguir essa linha e não me sentir tão ansioso com as histórias.
Quantas vezes você revisa seus textos antes de sentir que eles estão prontos? Você mostra seus trabalhos para outras pessoas antes de publicá-los?
Eu publico minhas histórias na internet antes de torná-las oficiais, então faço uma revisão maior depois que as retiro da plataforma, mostrar o meu trabalho para os outros já se tornou bem comum para mim.
Como é sua relação com a tecnologia? Você escreve seus primeiros rascunhos à mão ou no computador?
Meu primeiro trabalho é à mão mesmo, montando o roteiro. Minha relação com a tecnologia é na utilização de todo o necessário para preparar meus textos, tenho certa facilidade em aprender novas técnicas para montar meus projetos e tudo mais.
De onde vêm suas ideias? Há um conjunto de hábitos que você cultiva para se manter criativo?
Eu costumo dizer que minhas histórias são tipicamente brasileiras, então elas vêm te todos os lugares: de um passeio pela rua, de uma conversa com amigos, de um dia mais pensativo, de tudo que seja naturalmente brasileiro. Agora sobre hábitos para manter a criatividade, não acho que eu cultive algum.
O que você acha que mudou no seu processo de escrita ao longo dos anos? O que você diria a si mesmo se pudesse voltar à escrita de seus primeiros textos?
Acho que mudou o cuidado com que monto tudo, a preocupação que tenho em fazer as peças se encaixarem, as histórias caminharem para um mesmo caminho. Se voltasse no tempo eu me diria para colocar mais detalhes nas histórias, fazer com que mais coisas acontecessem e assim aquelas histórias se tornassem um pouco mais reais.
Que projeto você gostaria de fazer, mas ainda não começou? Que livro você gostaria de ler e ele ainda não existe?
Nesse momento não sinto que preciso começar nada, acho que já ando bem atolado de projeto (rsrs), mas eu me divertiria bastante com mais comédias sobre melhores amigos vivendo as mais loucas aventuras.