Daniel Mauricio é especialista em Direito Tributário.
Como você começa o seu dia? Você tem uma rotina matinal?
Sim, tenho uma rotina matinal. Costumo acordar antes das 6 horas da manhã. Uma das primeiras coisas que faço é postar um poema nas redes sociais, sempre acompanhada de uma foto ou imagem que servem de complemento do poema, ler e agradecer aos comentários que meus amigos postam.
Em que hora do dia você sente que trabalha melhor? Você tem algum ritual de preparação para a escrita?
Normalmente eu consigo produzir melhor durante à noite. Isto porque durante o dia sobra pouco tempo, em virtude da minha profissão de Auditor Tributário, sendo que atualmente estou desempenhando a atividade de Julgador Tributário. Portanto, passo o dia todo lendo, analisando e redigindo os Acórdãos que irão a julgamento na pauta semanal da Junta de Julgamentos Tributários de Primeira Instância.
Desta forma, costumo deixar um bloco de papel e caneta junto à cabeceira da cama para poder escrever até mesmo com a luz apagada. Dificilmente escrevo diretamente no computador ou celular.
Você escreve um pouco todos os dias ou em períodos concentrados? Você tem uma meta de escrita diária?
Sim. Procuro escrever todos os dias nem que seja uma ideia para um futuro poema. Como costumo postar um poema todos os dias, então acaba sendo uma tarefa diária a prática da escrita para que eu tenha conteúdo suficiente para a semana toda.
Como é o seu processo de escrita? Uma vez que você compilou notas suficientes, é difícil começar? Como você se move da pesquisa para a escrita?
Gosto muito de fazer poemas ecfráticos, ou seja, compostos a partir de uma obra de arte, uma fotografia, um desenho, etc. Portanto, muitas vezes arquivo as fotos que me chamam atenção para depois escrever algo que tenha de alguma forma uma relação com elas. Outras vezes as pessoas me enviam fotos ou desenhos para que eu as use como motivo para os poemas. Outras vezes escrevo primeiro e depois vou “garimpar” na internet alguma foto que “case” com o poema escrito.
Como você lida com as travas da escrita, como a procrastinação, o medo de não corresponder às expectativas e a ansiedade de trabalhar em projetos longos?
Normalmente consigo ser mais produtivo quando fico sob pressão. Mas quando acontecem as chamadas travas da escrita, costumo fazer uma caminhada e as ideias voltam a fluir.
Quantas vezes você revisa seus textos antes de sentir que eles estão prontos? Você mostra seus trabalhos para outras pessoas antes de publicá-los?
Costumo fazer uma revisão, mesmo que rápida. Leio, releio, confirmo no dicionário o sentido ou a forma de escrever determinada palavra a fim de evitar erros graves. Porém, mesmo assim não estamos imunes aos erros. Normalmente costumo mostrar para uma pessoa primeiramente o texto antes de publicar.
Como é sua relação com a tecnologia? Você escreve seus primeiros rascunhos à mão ou no computador?
Depende da ocasião. Mas comumente escrevo num rascunho primeiro para depois fazer a digitação.
De onde vêm suas ideias? Há um conjunto de hábitos que você cultiva para se manter criativo?
As ideias vêm de uma imagem, uma foto, um texto lido, um olhar atento às pequenas coisas que passam despercebidas pela maioria das pessoas. A natureza é a minha principal fonte de inspiração. O principal hábito é estar atento aos acontecimentos e ao meio onde estou.
O que você acha que mudou no seu processo de escrita ao longo dos anos? O que você diria a si mesmo se pudesse voltar à escrita de seus primeiros textos?
Mudou muita coisa. Meus textos tornaram-se mais concisos, procuro lapidar as palavras e torna-las mais cheias de significados. Meus textos tornaram-se menos explicativos deixando que fique por conta do leitor tirar o máximo deles. Um conselho que daria pra mim mesmo se pudesse voltar no tempo seria: não tenha medo de expor suas ideias.
Que projeto você gostaria de fazer, mas ainda não começou? Que livro você gostaria de ler e ele ainda não existe?
Pretendo escrever um livro infanto-juvenil, até já comecei, mas acabou ficando no fundo da gaveta sem terminar. Gostaria de ler um livro que contivesse a história das pessoas homenageadas como nome de ruas e logradouros públicos. Deve existir em algum lugar, mas seria importante que todas as cidades tivessem um livro com a história dos seus homenageados.