Allan Kenayt é escritor.
Como você começa o seu dia? Você tem uma rotina matinal?
Bem, isso dependerá do meu ontem. Pois se vou dormir com algum incômodo algum desconforto como ter a ideia de um poema que não pude concluir, certamente começarei o dia com uma certa estranheza. Agora se vou dormir livre de pensamentos – por não ter nenhum poema que queria existir de forma plena – certamente começarei o dia de forma tranquila.
No entanto o começo do meu dia não dependerá plenamente do ontem, mas por vezes de muitos ontens, de muitos poemas lidos e interpretados na qual busco idealizar um poema que transmita a mesma emoção do poema ou dos poemas lidos. E esses poemas me surgem do impulso, do espanto, d’uma necessidade, certamente, anterior a mim – adormecida há muito sem que eu perceba.
A minha rotina matinal se resume a ler alguns livros de poesia em voz baixa e em voz alta de forma que eu possa me misturar e tentar visualizar alguns poemas como cenas no pensamento, sabe?, tentar entender o autor no instante daquela escrita: sua dor, seu amor, sua revolta, seu desassossego, etc.
Sobre a minha rotina matinal com o ato de escrever: sinceramente não saberei explicar, porque grande parte dos poemas me surgem ao mesmo tempo de uma necessidade [de amar, de me revoltar, de reflexão, de acalmar algum espírito, etc.] e ao mesmo tempo do nada [o que faz do poema algo transcendente].
Já disse Ferreira Gullar: “A poesia / quando chega / não respeita nada.”
Em que hora do dia você sente que trabalha melhor? Você tem algum ritual de preparação para a escrita?
Durante a noite, creio eu, uma vez que leio durante a manhã e a tarde, e durante a noite fico com alguns versos lidos a ecoar com as suas emoções no interior do meu pensamento – alguns desses versos se encaixam em mim em diversas emoções e me geram uma coisa estranha que pode ou não vir a ser um poema. Ritual? Bem, outrora – na adolescência – tinha o ritual de inserir letras de músicas nos poemas ou começar o poema com um verbo no gerúndio – achava belo, hoje em dia, nem tanto; já no agora presente, se a leitura for considerada um ritual, eis; caso contrário, no momento, não possuo nenhum – a escrita/inspiração me surge e tento traduzir, tento dar forma.
Você escreve um pouco todos os dias ou em períodos concentrados? Você tem uma meta de escrita diária?
É uma pergunta interessante, porque às vezes anoto algum trecho que me veio à mente e guardo o mesmo no desejo de que nasça a sua continuação a partir de mim, mas às vezes um trecho sozinho continua a ser um trecho sozinho que vira a luz por um efêmero instante e disse adeus.
Então, considerando esses trechos como parte minha, como faísca do meu íntimo, diria que escrevo, não todos os dias, mas sim quando me vem algo do momento – pena que nem todos os trechos-sementes venham a germinar um lírio-poema.
Meta diária? Já tive, que era o de escrever poema um dia sim e um dia não, mas acabei desistindo por me ver repetindo um mesmo poema com outras palavras. Hoje em dia, deixo essa liberdade do poema nascer e querer fazer morada em minha alma e depois se metamorfosear nas letras; creio que dessa forma há maior significado, intensidade – é como dizer algo quando se tem algo a dizer.
Como é o seu processo de escrita? Uma vez que você compilou notas suficientes, é difícil começar? Como você se move da pesquisa para a escrita?
O meu processo de escrita se resume em, durante o impulso o espanto a vertigem o nascer do poema, escrever tudo o que nasce naquele instante – escrever todas as palavras que traduzam aquilo – até que em mim surja um sinal a dizer “aqui é o fim desse poema” [embora eu acredite que um poema não tem fim]: isso eu costumo chamar de parte bruta do poema porque é a partir daí que farei uma lapidação e verei se o poema traduziu ou se eu soube traduzir aquele impulso.
A dificuldade, a meu ver, está na parte de organizar tudo o que fora escrito, porque às vezes será um aglomerado de palavras e nada mais [pode soar frio da minha parte esta frase, mas é que com o tempo, vejo que o poema está além das palavras, como se aquelas palavras fossem um complemento, uma parte mortal; enquanto que a parte celestial do poema se solta na lida e nos atinge de formas diversas – uma carícia, um soco, um beijo, uma dor, etc.].
O poema, para mim, é o que se lê e o que se sente, então se eu leio o que escrevo [e olha que leio várias vezes] e vejo que nada sinto em comparação com o momento de êxtase daquela escrita, esse poema me é apagado.
Não para sempre, pois alguns me voltam com outras palavras mais claras e me fazem sorrir.
Como você lida com as travas da escrita, como a procrastinação, o medo de não corresponder às expectativas e a ansiedade de trabalhar em projetos longos?
Com as travas da escrita: outrora e às vezes, sinto uma aflição uma certa tristeza por querer escrever algo e não conseguir algo que inicie que desperte um poema. Isso me gera uma sensação de desassossego, de estar perdido, de ficar pensando “Por que não estou conseguindo fluir?”. Uma forma de lidar com isso, é aceitando que certas coisas não terão uma conclusão agora, mas posterior, pois é melhor do que forçar um poema de letras forçadas e conclusão forçada, sabe?, isso anularia a suavidade e a liberdade.
Acho que foi José Saramago a dizer: “Deixar que o tempo passe, que as coisas amadureçam. E se tiver de ser, será, e se não tiver de ser, não será, acabou.”.
Ou seja, lentamente vou aceitando que algumas palavras que não bastam naquele instante hão de amadurecer e o poema me virá em sua plenitude lírica. Meio místico, não?
Sobre trabalhar em projetos longos: cheguei a escrever (ou tentar) três livros de poemas, mas acabei apagando-os, porque os achei inferiores porque não atingiram as minhas expectativas, até porque eu não tinha essa noção [que vai aumentando com a ajuda do meu próximo] de literatura – estou sendo sincero.
E esses três livros meio que foram escritos às pressas. Acho que um mês pra cada um. Isso me fez refletir sobre o quão cuidadoso se deve ser num projeto e quão imenso deve ser a entrega de uma pessoa ao seu projeto, não que eu não tivesse me entregado, mas creio que não me entreguei totalmente – sinto que faltou um eu ali.
No momento não sei dizer se tenho um projeto longo a vir, porque tenho uns poemas e pensar num projeto longo – um livro talvez – me faz ao mesmo tempo pensar “falta algo”, por isso não saberei dizer com clareza da ansiedade de ter um.
Quantas vezes você revisa seus textos antes de sentir que eles estão prontos? Você mostra seus trabalhos para outras pessoas antes de publicá-los?
Várias vezes, isso inclui o instante em que foram escritos até o dia seguinte. Às vezes deixo um texto na “gaveta” por um ou por dois ou, raramente, por três dias. Que é para ver se além da revisão estar correta, está também correta o que quis expressar o que quis dizer. E essas revisões ocorrem até mesmo sem eu estar com o texto em mão, revisões que variam em um final diferente na escrita mas igual na sensação, num trecho complementar que me viera após a escrita, no desejo de querer inserir um dado uma informação histórica a fim de trazer alguma sensação em quem lê – porque, infelizmente, a história tem o male de se repetir.
De forma direta, as pessoas só tem contato com o meu trabalho quando publico em algumas redes sociais.
A única pessoa a ter acesso antes, no momento, sou eu mesmo – sem querer soar arrogante, longe de mim. É que às vezes tenho a sensação de que determinado poema não será compreendido se mostrado antes; se eu mostrar antes para alguém pode ser que eu anule a beleza instantânea do primeiro contato – que é quando uma pessoa quer ler algo que escrevo na hora que quer, em qualquer lugar, em qualquer estação, sabe?, é como você ler um livro que quer naquela hora desejada.
Então, publico e deixo a pessoa decidir o melhor instante para ela ler – naturalmente.
Como é sua relação com a tecnologia? Você escreve seus primeiros rascunhos à mão ou no computador?
A minha relação com a tecnologia é simples até. Tenho escrito primeiro no word do celular, e revisado e editado no mesmo; depois, envio o arquivo para o computador, reviso uma vez mais, divido as estrofes, vejo o que pode ser alterado e/ou complementando – nisso vou lendo várias vezes para ver se a lapidação escrita mantém sua carga emotiva ao invés de se perder numa quinta leitura ou antes.
Feito tudo isso, salvo o arquivo já pronto em múltiplos armazenamentos – pen drive, celular, memória na nuvem, no HD, etc.
É uma pergunta que gostei, porque outrora eu escrevia tudo num caderno desde a época da escola durante o recreio.
E mantive esse hábito por um tempo, até que achei o celular um pouco mais rápido para os instantes onde se brota uma cachoeira no coração.
No entanto tenho um caderno de anotação comigo [me inspirei num amigo] para quando o celular me deixar na mão – afinal páginas em branco não dependem de baterias de lítio, mas da mão, da caneta/do lápis e do seu íntimo. Por isso tenho esse caderno comigo.
Inclusive acho um encanto quem escreve tanto em um quanto em outro.
De onde vêm suas ideias? Há um conjunto de hábitos que você cultiva para se manter criativo?
Pergunta difícil. Começarei pela segunda. Um hábito que cultivo é ler poemas de diversos autores de diversos estilos que se diferenciam entre si – cada um com seu estilo, por assim dizer. Outro hábito é ver, às vezes, algo científico ligado às estrelas ao átomo, em como o universo é grande e em como as coisas estão nele. Outro hábito é ler sobre uma pintura seu contexto sua história etc. Outro hábito é assistir algum filme e tentar extrair a poesia do mesmo ou de algum personagem principal ou camuflado. Outro hábito seria ouvir música e se deixar envolver numa melodia instrumental e/ou vocal – confesso que esse é mais complexo, porque às vezes a música é a poesia de si.
Agora de onde vêm as ideias? Não tenho uma explicação do como, sei que vem das coisas que consumo ao longo do tempo, mas especificar um ponto de origem com exatidão, creio que me é impossível, uma vez que a minha escrita nasce de um impulso de um espanto de uma coisa oculta que venho pensando sem saber como venho pensando – e então explode como uma galáxia.
O que você acha que mudou no seu processo de escrita ao longo dos anos? O que você diria a si mesmo se pudesse voltar à escrita de seus primeiros textos?
Sinceramente, mudou tudo. Graças ao poema “Tabacaria” de Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa.
Neste poema vi que um poema pode falar de tudo aquilo que há num indivíduo; vi que um poema pode ir além do comum do padrão da métrica que por vezes visa a rima e não o conteúdo.
Gosto de dizer que este poema me despertou. Porque eu nunca havia visto tamanha intensidade que transita em múltiplas emoções: há no poema alegria, melancolia, consciência da mortalidade, noção da brevidade, certeza de que uma pessoa é infinita, mas há também a beleza de um despertar aliado à tristeza, exemplo: “e o universo / Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.”
É como um conflito do homem contra o homem dentro da estranheza do mundo.
A partir daí comecei a ler alguns poemas do mesmo e ir atrás de livros de autoria internacional e nacional (em sua maioria). E nesse consumir e nessas lidas da literatura nacional, vi que há riqueza aqui.
E essas leituras influenciam na minha maneira de escrever, porque me mostra que sempre é possível combinar o outrora com o agora para permanecer atual no amanhã.
Então, uma vez mais, mudou absolutamente tudo, porque leio conheço compreendo misturo os autores as influências e escrevo na beleza deste infinito.
Se eu pudesse dizer algo a mim mesmo nos primeiros textos… hm… fico dividido como num poema do Gullar, pois ao mesmo tempo que gostaria de dizer a mim mesmo para ler alguns autores com tanta profundidade de forma que ao voltar para a superfície voltasse outro e também o mesmo; ao mesmo tempo não tenho vontade de dizer nada, mas a vontade de deixar as águas do rio desaguar no mar, pois uma vez que cheguei até aqui, sinto que tudo está em sintonia, que as coisas que aconteceram e da forma como aconteceram, me levaram me conduziram a este ponto onde estou a ter prazer na literatura na leitura nos poemas na expressão no compartilhar.
Mas se fosse para escolher, não diria nada ao eu do passado: esse eu ainda sou eu e sinto que podemos fluir além.
Que projeto você gostaria de fazer, mas ainda não começou? Que livro você gostaria de ler e ele ainda não existe?
Sem parecer egoísta ou arrogante, gostaria de fazer o meu próprio, mas como eu havia dito, sinto que falta algo e no momento não sei explicar o que seja. Mas calma, não há tristeza nem aflição nem desconforto da alma: o que quiser vir, virá.
Agora um livro que eu gostaria de ler, mas que ainda não existe, acho que um livro que trate do homem e o universo de forma que lentamente ambos se unam ou se percam, e nesse livro houvessem questões como a consciência da possibilidade de ser a única espécie em algo tão infinito, e em como esse infinito pode pesar no indivíduo de forma que o mesmo comece a refletir sobre a existência a morte o amor a revolta a infelicidade os desejos a compaixão porque tudo isso equivale a um instante na contagem dos cosmos. O homem, o universo, o abismo do homem, o abismo do universo, enfim.
Creio que seria um livro que acertaria em cheio a mente a alma o corpo a história como uma carreta metafórica, e que nos faria repensar muitas coisas.
Ao dar início a um novo projeto, você planeja tudo antes ou apenas deixa fluir? Qual o mais difícil, escrever a primeira ou a última frase?
É uma combinação de ambas. Tenho o projeto em mente, a sensação que quero que gere; e deixo fluir, até o momento íntimo de certeza; de forma que tenha significado.
A dificuldade para mim, sem soar arrogante, é rara; pois as frases, as palavras, me surgem do espanto, da reflexão de algo, do pensamento de algo, do sentimento de algo, da observação de algo, etc. E quando vem, vem.Outrora tive essa dificuldade, por colocar uma pressão em mim, mas fui deixando com que as palavras viessem no momento de vir.
Como você organiza sua semana de trabalho? Você prefere ter vários projetos acontecendo ao mesmo tempo?
A minha semana de trabalho consiste em ler livros que me despertam interesse/curiosidade, seja pela escrita do autor/da autora, seja pelo próprio autor/pela própria autora; via livro físico, via livro digital. Também me ocorre de ler poemas de autores diversos em páginas e sites. E nisto de ler de tudo um pouco, por vezes me surge um poema, me surge um sentimento; e vou me deixando misturar, conhecer, sentir.
Então, posso dizer que minha semana se organiza d’uma forma liberta.
Não. No momento, prefiro fazer uma cousa de cada vez. Sem pressa nem pressão.
O que motiva você como escritor? Você lembra do momento em que decidiu se dedicar à escrita?
Dizer o que tenho a dizer. E também outros (as) tantos (as) escritores (as); pois se percebe que vale a pena dizer, ser ouvido, ouvir, escrever.
Creio que a literatura, a arte como um todo, tem um papel íntimo na alma humana; uma cousa de gerar comoção quando o cansaço torna o corpo automático ao ponto da indiferença de ser.
A arte é precisa, necessária. Traz humanidade.
Bem, fui “desperto” ao ler o poema Tabacaria, de Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa. Antes disso, eu escrevia algumas coisas; porém, somente após a leitura de Tabacaria, é que algo em mim mudara. Mas não sei dizer se fora naquele momento em que me decidi dedicar à escrita, pois em mim a sinto com naturalidade. Como se já antes houvesse.
Mas posso dizer que o Ferreira Gullar é um dos muitos que me inspirou e me inspira a me dedicar à escrita. Tanto que assisti e assisto as entrevistas dadas pelo mesmo, pois me encanta. Inclusive, gostaria de citar este trecho dito pelo mesmo: “A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. Disso eu quis fazer a minha poesia. Dessa matéria humilde e humilhada, dessa vida obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não tem voz.”.”(…) porque o canto não pode ser uma traição à vida (…)”. Bonito, né?
Que dificuldades você encontrou para desenvolver um estilo próprio? Algum autor influenciou você mais do que outros?
Acho que a dificuldade do estilo varia muito, pois como leio de tudo um pouco, tento reproduzir aquele estilo ou a sensação que me causara aquele estilo, numa espécie de tradução; e me insiro nisso tudo.
E conforme vou conhecendo outros(as) autores(as), vou misturando estilos.
Os autores que me influenciaram/influenciam são: Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Fernando Pessoa, Hilda Hilst (que mulher!), Marcelo Labes e outros (as) tantos (as) que leio e virei a ler — porque a poesia, a literatura, a arte, acontece.
Você poderia recomendar três livros aos seus leitores, destacando o que mais gosta em cada um deles?
Só três? Que difícil…
“Poema sujo”, de Ferreira Gullar: pois é uma viagem ao íntimo não apenas de um poeta mas de uma pessoa que tivera de buscar exílio, sair do país, por conta da ditadura. E tivera que sair, também, de outros países, porque nos mesmos também aconteciam a ditadura.
E nesta viagem, neste longo poema, o leitor sente o que o poeta sente/sentia.
É um livro-poema que não se explica mas que se sente e se guarda no peito de tão profundo…
“Da Poesia”, de Hilda Hilst: pois é uma mulher tão fantástica e tão íntima nas palavras, que acabei me apaixonando.
É uma mulher que, na época, teve a coragem de ousar na escrita, de não se censurar por conta d’uma sociedade cujos costumes viam — de certo modo, inda veem — a mulher como uma criatura que se deve limitar à timidez, à submissão; jamais podendo falar do corpo, do desejo, do erotismo, da liberdade.
A Hilda Hilst ousou e bateu de frente, e inda bate.
Vale dizer que a autora não se limita a dizer o sexo, mas se permite a dizer de tudo: o amor, a saudade, a fé, a religião, a lembrança, a morte, a reflexão, etc.
“Paraízo-Paraguay”, de Marcelo Labes: pois é um romance que nos faz pensar a história deste país — a história que se fabricara deste país e de algumas de suas regiões. De forma que, por vezes, durante a leitura, tem-se a sensação de que aquela narrativa se passa nos dias de hoje — o que em parte é triste, pois mostra que não aprendemos nada com a história realmente história.
O livro conta sobre a Guerra do Paraguai (e outras tantas coisas importantes); guerra esta que sequer damos o devido nome e chamamos de Batalha de Campo Grande…
É um livro que mexe com o leitor… O capítulo 10, então… Te atravessa.
Quando lerem, entenderão a sensação que me falta palavras pra dizer.
Recomendo muito a leitura deste romance. Principalmente agora.