Aurora Souza é poeta, escritora, artesã e professora.

Como você começa o seu dia? Você tem uma rotina matinal?
Inicia-se com a rotina normal de dona de casa. Em seguida uma pausa para as atividades da faculdade. Novamente outra pausa retorno as tarefas de casa, nas quais conto muito com a colaboração do meu esposo, e na sequencia vou para o trabalho e depois deste sigo para a faculdade. Na s hora não vagas escrevo.
Em que hora do dia você sente que trabalha melhor? Você tem algum ritual de preparação para a escrita?
A escrita flui naturalmente, porém, o melhor horário para escrever é a noite e ou madrugada a dentro. Enquanto todos dormem, escrevo. Mas depende muito do momento de inspiração. Não há um ritual, uma preparação.
Você escreve um pouco todos os dias ou em períodos concentrados? Você tem uma meta de escrita diária?
Há momentos em que escrevo todos os dias e até mesmo várias vezes por dia, entre uma tarefa e outra. E outros em que fico alguns dias ou semanas sem escrever.
Como é o seu processo de escrita? Uma vez que você compilou notas suficientes, é difícil começar? Como você se move da pesquisa para a escrita?
Comecei a escrever os primeiros versinhos aos 11 anos de idade, incentivada pela minha primeira professora que fazia recitais na escola em datas comemorativas e cíveis, e desde então não parei. Ao longo do tempo houve momentos de “deserto,” mas com a realização de publicação, prêmios em concursos de poesia, participação em antologias e Coletivos poéticos tem sido um grande estímulo à inspiração. Quanto a pesquisa utilizo-a quando sou convidada ou a escrever sobe algo específico, normalmente escrevo sobre as vivências diárias, o que vejo, sinto e consigo apreender.
Como você lida com as travas da escrita, como a procrastinação, o medo de não corresponder às expectativas e a ansiedade de trabalhar em projetos longos?
Com a poesia é mais natural seguir o fluxo da inspiração e como não trabalho apenas com a escrita, trabalho com artesanato em biscuit e sou servidora pública, acontece de sempre deixar escapar um ou outro poema, uma ideia para um conto infantil ou infanto-juvenil.
Quantas vezes você revisa seus textos antes de sentir que eles estão prontos? Você mostra seus trabalhos para outras pessoas antes de publicá-los?
Com relação a Poesia raramente modifico algo, e quando o faço mexo apenas em algumas palavras, para não perder a essência. Já no caso de contos é diferente por conta do cenário em que acontece o enredo, afala dos personagens, etc. Mas como o meu foco é poesia, como disse anteriormente, flui naturalmente. E costumo partilhar com pessoas mais próximas os meus alguns poemas recém escritos.
Como é sua relação com a tecnologia? Você escreve seus primeiros rascunhos à mão ou no computador?
Sou adepta ao rascunho manuscrito para depois passar para o computador.
De onde vêm suas ideias? Há um conjunto de hábitos que você cultiva para se manter criativa?
Tudo o que escreve flui da fonte de uma inspiração que chega até mim a qualquer momento. E sempre traz uma bagagem de vivências e experiências de vida. Exceto, como eu disse, sou convidada solicitada a escrever sobre algo específico.
O que você acha que mudou no seu processo de escrita ao longo dos anos? O que você diria a si mesma se pudesse voltar à escrita de seus primeiros textos?
Com o amadurecimento vamos tomando consciência de que se Deus nos concedeu dom da escrita por alguma razão e cabe-nos procurar entende-la e descobrir qual é essa missão. E o que eu diria a mim mesma sem dúvida seria: “A escrita é a sua missão de vida.”
Que projeto você gostaria de fazer, mas ainda não começou? Que livro você gostaria de ler e ele ainda não existe?
Um dos projetos que pretendo dar continuidade é a Poesia infanto-juvenil. E os livros que gostaria de ler são mais diversos, no entanto, no momento o tempo não tem me permitido.